segunda-feira, 11 de maio de 2015

HOVENIA DULCIS

Este texto foi baseado nas experiências dos participantes do Projeto Portal, associação fundada pelo pesquisador e ufólogo Urandir Fernandes de Oliveira.



Nome científico: Hovenia dulcis Thunberg.
Nomes populares: uva-do-japão, cajueiro japonês, uva japonesa, passa-do-japão, gomari, pau-doce, mata-fome, japanese raisin tree.

Planta nativa do continente asiático, encontrada originalmente no Japão, China, Coréia e região do Himalaia, foi amplamente utilizada na arborização paisagística de cidades brasileiras a partir da década de 1950.      É uma árvore caducifólia, podendo chegar a 10-20 metros, com tronco cilíndrico revestido de casca fissurada, de folhas simples e ovaladas. Apresenta ramos de inflorescências axilares e terminais, com flores brancas. Os ramos das inflorescências (pseudofrutos), de cor marrom, tornam-se suculentos e agridoces; em suas extremidades se formam os verdadeiros frutos (bolinhas), com sementes marrons.       A planta tem sido amplamente utilizada na recuperação de áreas degradadas, em razão de ser uma árvore que cresce e frutifica em abundância, o que atrai aves e pequenos mamíferos. Entretanto, como se multiplica rapidamente com a ajuda desses animais, tem-se revelado altamente invasora, o que pode levar a redução da diversidade de matas nativas.        Multiplica-se por sementes ou estacas. As sementes devem ser escarificadas para quebrar a dormência. Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia-sombra, com regas regulares no primeiro ano após plantio, em solo fértil e bem drenado, já que não suporta encharcamentos. A frutificação inicia-se de 3 a 4 anos após plantio.
            A planta apresenta grande potencial alimentício e farmacêutico.
            Seus pseudofrutos têm sabor adocicado e devem ser colhidos maduros, já que verdes tem sabor adstringente. Quando excessivamente maduros chegam a fermentar e apresentar gosto alcoólico. Quando desidratados, podem ser estocados por meses e são fontes energéticas sucedâneas do açúcar e do mel, já que contém 23% de açucares (glicose, frutose e sacarose).   Podem ser dessecados em estufa a 50 graus por 24 horas e transformados em passas. Se secarem por mais tempo, de 48 a 72 horas, podem ser triturados e apresentam aspecto de açúcar mascavo. Pode ser conservado em potes e é usado como adoçante, para usos diversos, como na preparação de bolos.
            Na Medicina Tradicional Chinesa a planta é utilizada no tratamento da intoxicação alcoólica aguda e síndrome de abstinência, bem como do diabetes.
             Pesquisas identificaram, como seu principal princípio ativo, a Dihidromiricetina, um flavonoide que tem ação sobre neurotransmissores e inibe o dano oxidativo causado ao cérebro pelo consumo excessivo do álcool. Além disso, acelera o metabolismo do álcool no fígado, o que leva a uma ação hepatoprotetora. É ainda antimicrobiano, laxante e diurético.
            Suas folhas podem ser utilizadas sob a forma de chás e de sucos para desintoxicação do organismo e fortalecimento da energia vital, com consequente efeito sobre a imunidade, prevenção e cura de muitas doenças.

            Por ser uma planta relativamente recente no país, espera-se que novos estudos possam levar a uma maior utilização dessa planta na medicina e na alimentação de nosso povo.